As Derivações Eletrocardiográficas – Parte I
Por volta de 1885, o médico Willem
Einthoven, estabeleceu as primeiras derivações eletrocardiográficas. Colocando
as mãos, direita (right) e esquerda (left) e o pé (foot) esquerdo dentro de
bacias com água (para facilitar condução elétrica), um dispositivo capaz de
medir a diferença de potencial entre dois pontos (galvanômetro, que você deve
lembrar de suas aulas de física no ensino médio).
Assim, ele era capa de medir a diferença
de potencial entre os braços direito e esquerdo (1º derivação ou D1) a diferença
de potencial entre o braço direito e a perna (2ª derivação ou DII) e a
diferença de potencial entre o braço esquerdo e a perna (3ª derivação ou DIII).
Por medirem a diferença de potencial
entre dois pontos (entre os braços e entre os braços e as pernas), estas
derivações (DI, DII e DIII) são chamadas de bipolares.
Importante observar que o eixo
elétrico normal do coração está ente 0º e
90º (para baixo e para esquerda), portanto o QRS tende a ser positivo em
DII e DI.
Em 1934, Frank Wilson aprimorou o
aparelho de Willem Einthoven, sendo capaz de medir o potencial (Voltagem)
no braço direito (VR), no braço esquerdo (VL) e no pé (VF). Porém, como a distância
entre o coração e os braços e entre o coração e a perna é grande, o potencial (voltagem)
medida era pequena, tendo o aparelho dificuldade para registrar (lembre-se a formulo
do potencial é V = KQ/D), ou seja a voltagem é inversamente proporcional à distância.
Para
resolver este problema, em 1942, Goldberger amplificou estas voltagem, criando
a voltagem no braço direito amplificada (aVR), do braço esquerdo amplificada (aVL)
e do pé amplificada (aVF). Chegando, assim, às derivações unipolares (medida da
voltagem em um ponto).
Considerando
o coração no centro de triângulo equilátero, podemos obter o sistema Hexaxial de
Bailey.
Sistema
Hexaxial
de Bailey.
Importante observar que o eixo elétrico
normal do coração está ente 0º e 90º
(para baixo e para esquerda), portanto o QRS tende a ser negativo em aVR.
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