Integração e Regulação Metabólica
No Estado Bem Alimentado a Dieta Supre as
Necessidades Energéticas
Fig.01
No Estado de
Jejum Inicial, Glicogenólise Hepática é uma Importante Fonte de Glicose
Sanguínea
Fig. 02
A glicogenólise hepática é
muito importante para a manutenção da glicose sanguínea durante o jejum
inicial. A lipogênese é reduzida e lactato, piruvato e aminoácidos são
desviados para a formação de glicose, completando o ciclo de Cori. O ciclo da
alanina também se torna importante. O catabolismo de aminoácidos também é muito
diminuído no jejum inicial.
Estado de Jejum Requer Gliconeogênese a Partir de
Glicerol a Aminoácidos
Fig. 03
Como
nenhum alimento entra a partir do intestino e pouco glicogênio sobra no fígado
no estado de jejum, o corpo depende da gliconeogênese hepática primeiramente a
partir de lactato, glicerol e alanina. Os ciclos de Cori e da Alanina
desempenham papel importante, mas não fornecem carbonos para a síntese de
glicose, pois a glicose formada a partir de lactato e da alanina pelo fígado
meramente substitui a que foi convertida em lactato e alanina pelos tecidos
periféricos, de fato, estes ciclos transferem a energia da oxidação de ácidos
graxos no fígado para tecidos periféricos, que não podem oxidar
triacilglicerol. O cérebro oxida completamente a glicose a CO2 e H2O,
portanto, a síntese liquida de glicose é obrigatória no jejum. Os ácidos graxos
não podem ser utilizados na síntese de glicose, por que não existe nenhuma via
que converte acetil-CoA, produzido na oxidação de ácidos graxos, em
glicose. Glicerol, um produto secundário
da lipólise, é um importante substrato para a síntese de glicose. Porém,
proteínas, especialmente do músculo esquelético, fornece a maioria do carbono
necessário para a síntese de glicose. Proteínas são hidrilozadas nas células
musculares, e a maioria dos aminoácidos é parcialmente metabolizado . Alanina e
glutamina, são os aminoácidos liberados em maior quantidade pelos
músculos. Ocorre uma transformação de
glutamina em alanina nos enterócitos (glutaminólise), a alanina vai para o
fígado ser convertida em glicose. A síntese de glicose no fígado está
intimamente relacionada à síntese da uréia. A maioria dos aminoácidos pode ser
utilizado na síntese de glicose, os “corpos carbônicos” resultantes da
desaminação dos aminoácidos são utilizados.
O tecido adiposo é também muito importante no estado de jejum, devido
aos baixos indicies de insulina na corrente sanguínea durante o jejum, a
lipólise está ativada. Isto eleva a concentração de ácidos graxos no sangue,
que é utilizado preferencialmente, em relação a glicose, por muitos tecidos. No
coração e no músculo, a oxidação de ácidos graxos inibe a glicólise e a
oxidação de piruvato. No fígado, a oxidação de ácidos graxos fornece a maior
parte do ATP necessário para a gliconeogenese. A maior parte do acetil-CoA é
convertido em corpos cetônicos, que são liberados ao sangue e utilizado por
muitos tecidos. Se sua concentração estiver muito elevada, os corpos cetônicos
podem penetrar no cérebro e funcionar
como combustível. Os corpos cetônicos podem ir para o músculo,
funcionando como combustível e evitando a perda muscular e redução da síntese
de glicose no fígado. Os níveis de glicose são baixos no jejum, reduzindo a
secreção de insulina, mas favorecendo a secreção de glucagon e epinefrina. Além
disso, o jejum reduz a formação de triiodotironina, a forma ativa da hormônio
da tireóide. Isso reduz as necessidades basais diárias de energia em até 25%.
Essa resposta é útil para a sobrevivência, mas torna a perda de peso mais
difícil que o ganho de peso. As inter-relações entre fígado, músculo e tecido
adiposo no fornecimento de glicose para o cérebro são apresentadas na fig. 03.
O fígado sintetiza glicose, o músculo e
o intestino fornecem o substrato – a alanina – e o tecido adiposo fornece ATP
(via oxidação dos ácidos graxos)
necessário para a gliconeogenese, o álcool rompe estas relações.
No Estado de Realimentação, Gordura é
Metabolizada Normalmente e o Metabolismo Normal da Glicose é Lentamente
Restabelecido.
Américo Alves de Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário