segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Integração e Regulação Metabólica

Integração e Regulação Metabólica

No Estado Bem Alimentado a Dieta Supre as Necessidades Energéticas

Fig.01


No Estado de Jejum Inicial, Glicogenólise Hepática é uma Importante Fonte de Glicose Sanguínea

Fig. 02

A glicogenólise hepática é muito importante para a manutenção da glicose sanguínea durante o jejum inicial. A lipogênese é reduzida e lactato, piruvato e aminoácidos são desviados para a formação de glicose, completando o ciclo de Cori. O ciclo da alanina também se torna importante. O catabolismo de aminoácidos também é muito diminuído no jejum inicial.

Estado de Jejum Requer Gliconeogênese a Partir de Glicerol a Aminoácidos

Fig. 03

Como nenhum alimento entra a partir do intestino e pouco glicogênio sobra no fígado no estado de jejum, o corpo depende da gliconeogênese hepática primeiramente a partir de lactato, glicerol e alanina. Os ciclos de Cori e da Alanina desempenham papel importante, mas não fornecem carbonos para a síntese de glicose, pois a glicose formada a partir de lactato e da alanina pelo fígado meramente substitui a que foi convertida em lactato e alanina pelos tecidos periféricos, de fato, estes ciclos transferem a energia da oxidação de ácidos graxos no fígado para tecidos periféricos, que não podem oxidar triacilglicerol. O cérebro oxida completamente a glicose a CO2 e H2O, portanto, a síntese liquida de glicose é obrigatória no jejum. Os ácidos graxos não podem ser utilizados na síntese de glicose, por que não existe nenhuma via que converte acetil-CoA, produzido na oxidação de ácidos graxos, em glicose.  Glicerol, um produto secundário da lipólise, é um importante substrato para a síntese de glicose. Porém, proteínas, especialmente do músculo esquelético, fornece a maioria do carbono necessário para a síntese de glicose. Proteínas são hidrilozadas nas células musculares, e a maioria dos aminoácidos é parcialmente metabolizado . Alanina e glutamina, são os aminoácidos liberados em maior quantidade pelos músculos.  Ocorre uma transformação de glutamina em alanina nos enterócitos (glutaminólise), a alanina vai para o fígado ser convertida em glicose. A síntese de glicose no fígado está intimamente relacionada à síntese da uréia. A maioria dos aminoácidos pode ser utilizado na síntese de glicose, os “corpos carbônicos” resultantes da desaminação dos aminoácidos são utilizados.  O tecido adiposo é também muito importante no estado de jejum, devido aos baixos indicies de insulina na corrente sanguínea durante o jejum, a lipólise está ativada. Isto eleva a concentração de ácidos graxos no sangue, que é utilizado preferencialmente, em relação a glicose, por muitos tecidos. No coração e no músculo, a oxidação de ácidos graxos inibe a glicólise e a oxidação de piruvato. No fígado, a oxidação de ácidos graxos fornece a maior parte do ATP necessário para a gliconeogenese.  A maior parte do acetil-CoA é convertido em corpos cetônicos, que são liberados ao sangue e utilizado por muitos tecidos. Se sua concentração estiver muito elevada, os corpos cetônicos podem penetrar no cérebro e funcionar  como combustível. Os corpos cetônicos podem ir para o músculo, funcionando como combustível e evitando a perda muscular e redução da síntese de glicose no fígado. Os níveis de glicose são baixos no jejum, reduzindo a secreção de insulina, mas favorecendo a secreção de glucagon e epinefrina. Além disso, o jejum reduz a formação de triiodotironina, a forma ativa da hormônio da tireóide. Isso reduz as necessidades basais diárias de energia em até 25%. Essa resposta é útil para a sobrevivência, mas torna a perda de peso mais difícil que o ganho de peso. As inter-relações entre fígado, músculo e tecido adiposo no fornecimento de glicose para o cérebro são apresentadas na fig. 03. O fígado sintetiza glicose,  o músculo e o intestino fornecem o substrato – a alanina – e o tecido adiposo fornece ATP (via oxidação dos ácidos graxos)  necessário para a gliconeogenese, o álcool rompe estas relações.

No Estado de Realimentação, Gordura é Metabolizada Normalmente e o Metabolismo Normal da Glicose é Lentamente Restabelecido.

Américo Alves de Almeida

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